O Clube de Teatro Tapete Mágico foi criado na Escola Secundária Pinheiro e Rosa no ano lectivo 1995/1996. Nasceu da vontade de 20 alunos e de uma professora que decidiu partilhar o seu saber. O tapete sempre foi uma metáfora de evasão e de viagem para outros mundos, para outras personagens, para outras dimensões. Este espaço é dedicado a todos os que já experimentaram e os que ainda continuam a experimentar as emoções causadas pelas viagens possibilitadas pela magia do teatro.
Wednesday, September 23, 2015
De novo em acção!
Máscaras lado a lado com o actor, com a personagem, com a verdade de cada um. Vamos enfrentar as nossas inseguranças e brincar com elas! Porque como alguém sábio disse: "O teatro são as crianças a brincar no jardim dos Deuses!" Às 4ªs feiras à tarde no ginásio!
Wednesday, May 20, 2015
Tapete Mágico no ENPAR
Dia 26 de Maio o Tapete Mágico irá juntar-se à fantástica família do ENPAR e contar com muita emoção o processo do nosso mais recente projecto.
Saturday, May 16, 2015
Sara Pimenta
Chegou tímida e muito menina. Dona de uma voz ímpar, sempre se mostrou disponível para aceitar todos os desafios. Levava a guitarra, mesmo quando não era necessária, nunca reclamou do guarda-roupa, foi generosa até ao último momento. Mesmo depois das palmas. Um beijo muito grande, Sara. Foi um prazer trabalhar contigo.
Wednesday, May 13, 2015
Irene Rossas Amaral
Depois de quatro meses a trabalhar com os utentes da APPC posso dizer que retirei imenso desta experiência. Agora já sei como interagir com eles. Cometi erros mas, graças a eles, espero não voltar a repeti-los. Se alguma vez voltar a trabalhar com eles vai ser muito mais fácil e não me irei fechar no meu mundo!
Fiz novos amigos, que não são como eu, que são diferentes, mas que possuem um grande coração. Depois de os ver trabalhar, estou orgulhosa de todos.
Fiz novos amigos, que não são como eu, que são diferentes, mas que possuem um grande coração. Depois de os ver trabalhar, estou orgulhosa de todos.
Monday, May 11, 2015
As voltas que a vida dá
A peça "O meu Soldadinho de Chumbo" inicia-se com os actores todos no palco. Ao fim de uns minutos começa-se a ouvir uma música bonita, da autoria de J.S. Bach, que dá mesmo vontade de acordar. Os habitantes da cidade espreguiçam-se, levanta-se e saem para a rua.
Um casal apaixona-se. Ela está numa cadeira de rodas e ele caminha ao lado dela. A cidade vê aquela ligação de diferentes e aponta num gesto de discriminação. No entanto, os que têm dedos acusadores, acabam por perceber que o amor supera tudo e tem força sobre tudo.
Dias depois os homens recebem uma carta para irem para a guerra em África.
O casal principal casa e comemoram o casamento dançando ao somde uma valsa muito triste. Despedem-se com uma noite de amor, antes dele partir. Durante a ausência do companheiro ela começa a recuperar e dá os primeiros passos.
Por ironia do destino o protagonista é alvejado durante a guerra e acaba numa cadeira de rodas, como a amada estava. Mas ele regressa para os braços da sua amada e da sua filhinha que ainda não conhecia e o casal mostra que o Amor ultrapassa todos os obstáculos. A última música deixa uma mensagem de esperança.
Fernando Silva
Um casal apaixona-se. Ela está numa cadeira de rodas e ele caminha ao lado dela. A cidade vê aquela ligação de diferentes e aponta num gesto de discriminação. No entanto, os que têm dedos acusadores, acabam por perceber que o amor supera tudo e tem força sobre tudo.
Dias depois os homens recebem uma carta para irem para a guerra em África.
O casal principal casa e comemoram o casamento dançando ao somde uma valsa muito triste. Despedem-se com uma noite de amor, antes dele partir. Durante a ausência do companheiro ela começa a recuperar e dá os primeiros passos.
Por ironia do destino o protagonista é alvejado durante a guerra e acaba numa cadeira de rodas, como a amada estava. Mas ele regressa para os braços da sua amada e da sua filhinha que ainda não conhecia e o casal mostra que o Amor ultrapassa todos os obstáculos. A última música deixa uma mensagem de esperança.
Fernando Silva
Wednesday, April 29, 2015
O valor da amizade
A peça “O meu soldadinho de
chumbo” foi uma, ou senão, a melhor peça de teatro que já vi até hoje… esta
peça tinha um elenco “invulgar” porque incluía pessoas com deficiência, o que
não é vulgar. Penso que só o facto de pessoas normais como nós estarem a
trabalhar com pessoas com paralisia cerebral, já é um ato muito bom.
Aquela peça falava de
guerras/amor e da diferença entre pessoas. Quando o Jorge e a Anita se
encontraram toda a sociedade lhes apontou o dedo. Porquê? Porque as pessoas de
hoje em dia falam muito mas só sabem julgar os outros. No caso da peça, o casal
estava a ser julgado pelo facto de serem diferentes, se terem apaixonado e se
terem casado.
Nesta peça também deu para
observarmos a falsidade dos nossos amigos, porque o Jorge depositou confiança e
pediu ao seu amigo que olhasse pela sua mulher enquanto ele estivesse na
guerra. O seu amigo quando conheceu a mulher do Jorge, em vez de respeitar o
amigo, atirou-se a ela.
Adorei mesmo a peça e espero que
aquelas pessoas queiram fazer mais espetáculos.
Sunday, April 26, 2015
O valor das mínimas coisas da vida
Na sexta-feira passada, dia 17 de
Abril, à tarde, encontrámo-nos todos na entrada do Teatro Lethes e esperámos
que nos dessem autorização para entrar.
A professora Ana Oliveira já nos
tinha avisado acerca do tipo de ensaio a que iríamos assistir que seria
“especial”.
Pessoalmente considero-me uma
pessoa que se emociona facilmente porque o contacto com o mundo exterior me
deixa sempre a pensar que vivemos num planeta belo, rodeados por uma natureza
extraordinária e que, mesmo assim, não nos sentimos felizes com a vida que
levamos.
O início da peça bastou para me
emocionar, não pelo que se estava a passar na peça em si mas por imaginar o
quanto estas pessoas com incapacidades se sentiam felizes com o que estavam a
fazer, que era uma peça séria que falava do 25 de Abril.
A peça, encenada pela nossa
diretora de turma, mostrava uma vida normal. Começava no momento em que
acordavam e se levantavam para irem para o trabalho. Há um momento em que as
personagens se cruzam e se apaixonam movidos por um “amor à primeira vista”. Em
seguida casaram-se porque para além de se amaram, os maridos tinham de partir
para a guerra.
Começaram as trocas de cartas, a
saudade, o facto de os maridos ausentes receberem a notícia de que irão ser pais
e a angústia de não poderem estar presentes no nascimento dos seus filhos e não
os poderem ver crescer nos primeiros tempos de vida.
Algo que marcou imenso a peça foi
quando o melhor amigo que ia voltar para a casa, leva a carta para a mulher do
soldado e se tenta aproveitar dela, pensando que pela solidão que ela andava a
passar, pudesse cair na tentação. A mulher revoltou-se com aquela atitude
imprópria e expulsou o falso amigo, insultando-o.
Adorei o facto de terem convidado
alunos das escolas secundárias para participar neste projecto devido à
comunicação e à necessidade de adaptação entre os vários alunos e os utentes da
APPC.
O que concluí com esta tarde foi
que muitas vezes não damos valor às mínimas coisas, como o facto de
conseguirmos andar, falar sem dificuldades e agarrar em objectos sem pensar
duas vezes. Estas pessoas gostavam de conseguir fazer tudo o que fazemos
facilmente. Mas, independentemente das suas dificuldades, não desistem de
viver, não perdem as esperanças. Pelo contrário, muitas pessoas que têm tudo
para serem felizes, desperdiçam o seu bem mais precioso, não dando valor às
pequenas coisas.
Priscila Sousa
Wednesday, April 22, 2015
Um palco para 30 emoções
O espetáculo que o público teve oportunidade de assistir no passado dia 18 no Teatro Lethes nasceu de
um convite que a APPC fez diretamente ao Clube de Teatro Tapete Mágico, de Faro.
Sendo o Clube de Teatro mais antigo a funcionar ininterruptamente na região,
completando 20 anos em Setembro, esta estrutura resolveu abraçar mais um
desafio: trabalhar em prol da inclusão através de um processo de construção de
um espetáculo de teatro. Esse processo teve início no passado mês de novembro
com um pedido por parte dos utentes da APPC: não queremos fazer um espetáculo
para crianças. Imediatamente foi sugerido o tema do conto de Hans Christien
Anderson O Soldadinho de Chumbo. O
guião foi construído cena a cena pelos alunos do grupo Tapete Mágico. O
soldadinho de chumbo passou a ser um jovem convocado para a guerra do ultramar
na época imediatamente anterior ao 25 de Abril.
Tanto os
utentes da APPC como os estagiários de Interpretação do 1º ano da Escola Tomás
Cabreira receberam com entusiasmo as linhas mestras do texto coletivo que
iríamos passar a construir em cada ensaio. E cada sessão de trabalho foi uma
descoberta, um passo na construção de um objeto artístico que ansiava por ser
apresentado. Como disseram os utentes da APPC, “quando iniciaram os ensaios tudo parecia
assustador e o produto final afigurava-se longe de acontecer. No entanto, ao
longo destes meses, a aproximação entre todos foi conseguida e o que
apresentamos é o resultado de muitas dúvidas, hesitações, lágrimas e muitos
sorrisos.”
Este trabalho descreve uma história de amor e
sacrifício. Uma história onde o preconceito espreita a cada momento mas acaba
por sucumbir à nobreza de valores. Um jovem casal apaixona-se por entre a agitação
da cidade. Ela move-se em cadeira de rodas e por isso é apontada quando assume
a relação com um jovem atraente. O idílio termina quando ele, juntamente com os
jovens da sua idade, são chamados para a guerra. Casa-se apressadamente com a
sua rapariga e embarca, deixando uma maré de lenços agitados no Cais de
Alcântara. As raparigas escrevem cartas, os rapazes recebem-nas no cenário de
guerra, deixando-as ser a fonte da sua coragem. O rapaz recebe um tiro que o
deixa imobilizado da cintura para baixo. A rapariga, à custa de muito esforço
recupera o andar. O regresso do herói dá-se na altura do 25 de Abril: há cravos
vermelhos para o receber e uma atmosfera de esperança. A vida vai mudar e o
casal retoma a vida que a guerra interrompeu.
Mariana Guerreiro
Trabalhar com a APPC foi aprender. Aprender a ajudar e a ser ajudado.
Aprender que todos somos iguais, independentemente de nos exprimirmos de
maneira diferente. Aprender a arriscar. Aprender a encarar as dificuldades
da vida com um sorriso. De facto, a vida torna-se mais fácil se a tornarmos
fácil. Repetia esta experiência sem dúvida nenhuma! Obrigada APPC e Tapete Mágico!
Filipe Jesus
É
difícil encontrar palavras que descrevam este projecto, mas para mim, a que
mais se enquadra é Orgulho! Orgulho de todo o grupo, do Tapete Mágico, da
professora, dos alunos estagiários da Escola Secundária Tomás Cabreira, mas
acima de tudo, orgulho dos utentes da APPC, que nos presentearam com o seu grande
talento e que ao longo do projecto nos foram ensinando muitas coisas.Um agradecimento
especial para estes nossos parceiros de palco e aventura
, pois sem eles este projecto não seria possível!
Tuesday, April 21, 2015
Teatro solidário
A receita do nosso espectáculo reverteu para a Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral. É importante sabermos que o fruto do nosso trabalho foi investido nesta grande obra solidária.
Saturday, April 18, 2015
O soldadinho voltou do outro lado do mar
Hoje, num turbilhão de emoções, com os nervos à flor da pele, 30 pessoas pisaram o palco do Teatro Lethes. O soldadinho de chumbo regressou para os braços da sua Maria. Voltou numa cadeia de rodas mas ganhou o sorriso da sua filha e a garantia do amor da sua mulher. Uma história construída em conjunto com a magia do palco e a recompensa das palmas.
É hoje!
Será hoje, às 21h30 que 18 utentes da APPC, 4 estagiários do 1º ano de Interpretação do Curso profissional de Artes do Espectáculo e 5 elementos do Clube Tapete Mágico irão partilhar o palco do Teatro Lethes, apresentando uma história de cumplicidades, partilha, mas sobretudo de esperança. Foi bom toda esta partilha e comunhão de saberes. Aqui ficam os nomes de todos os que partilharam esta aventura. Da APPC contámos com: Adriano Amaro, Ana Cristina, Ana Isabel, Carolina Basílio, Delfim Charrito, Eugénia Santana, João Drago, João Lourenço, Luís Faleiro, Luís Sousa, Palmira Agostinho, Paulo Coelho, Pedro Gonçalves, Ricardo Sousa, Rúben Pereira, Tânia Patrício e Tatiana Serôdio.
Da escola Tomás Cabreira contámos com: Irene Amaral, Isabel Viegas, Jorge Martins e Viktoriya Matiychak.
Os alunos do Clube que entraram nesta produção foram os seguintes: Filipe Jesus, Mariana Guerreiro, Raquel Martins, Rui Teixeira Sara Pimenta, e Xavier Diaz.
Tânia Patrício e Ricardo Sousa |
Da escola Tomás Cabreira contámos com: Irene Amaral, Isabel Viegas, Jorge Martins e Viktoriya Matiychak.
Isabel Viegas e Viktoriya |
Mariana Guerreiro, Luís Faleiro e Irene Amaral |
Anita e Jorge Martins |
Sara Pimenta e Ana Cristina |
Rui Teixeira |
Mariana Guerreiro |
Delfim e Filipe Jesus |
Xavier Diaz |
Thursday, April 16, 2015
O regresso
José regressa da guerra numa cadeira de rodas. O seu regresso coincide com a Revolução. Reencontra a sua família e passa a viver com
Tuesday, April 14, 2015
Notícias da guerra
Monday, April 13, 2015
Os estropiados
As canções para matar a saudade
Milho verde, milho verde, ai milho verde, milho verde, ai milho verde, maçaroca! |
À sombra do milho verde, ai namorei uma cachopa! |
Milho verde milho verde, ai milho verde, milho verde, ai milho verde miudinho! |
à sombra do milho verde, ai à sombra do milho verde, ai namorei um rapazinho! |
Mondadeiras do meu milho, ai mondai o meu milho bem! |
Não olheis para o caminho, ai que a merenda já lá vem... |
Sunday, April 12, 2015
A alegria de receber uma carta de amor
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